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COP30: quarto leilão do Eco Invest terá foco exclusivo na Amazônia

thiago 14 de novembro de 2025

Programa do governo que pretende mobilizar capital privado para projetos sustentáveis, o Eco Invest Brasil terá foco exclusivo na Amazônia na próxima rodada. O edital do quarto leilão do programa foi lançado nesta sexta-feira (14) em Belém, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).

Previsto para o início de 2026, o novo leilão do programa pretende mobilizar até US$ 4 bilhões, combinando recursos públicos e privados por meio de um modelo de financiamento misto (blended finance). Por meio do capital catalítico, o governo e instituições financeiras privadas aportam recursos de forma filantrópica, com maior tolerância a riscos de mercado.

Nesse sistema, o capital catalítico considera não apenas o retorno de mercado, mas o retorno social dos projetos. Esse dinheiro consegue alavancar recursos para investimentos convencionais.

Coordenado pelos ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Embaixada do Reino Unido, o programa integra o Plano de Transformação Ecológica, estratégia que busca posicionar o Brasil como líder na economia de baixo carbono.

Foco na “floresta em pé”

Pela primeira vez, o Eco Invest Brasil destinará recursos exclusivamente para a região amazônica. A quarta edição do programa pretende reforçar cadeias produtivas sustentáveis que gerem renda, inclusão social e competitividade diante de atividades associadas ao desmatamento.

A próxima rodada do Eco Invest Brasil foi desenhada para alcançar pequenas empresas, cooperativas, comunidades tradicionais e produtores locais, segmentos que costumam ter dificuldade de acessar financiamentos de maior porte.

Os projetos deverão ser apresentados em três setores prioritários:

  • Bioeconomia: inclui cadeias da sociobiodiversidade, bioindústrias, insumos sustentáveis e restauração ecológica e produtiva;
  • Turismo ecológico sustentável: iniciativas de ecoturismo voltadas à atração internacional de visitantes;
  • Infraestrutura habilitante: investimentos em energia renovável descentralizada, conectividade digital, transporte e logística para apoiar cadeias produtivas locais.

Modelo financeiro e incentivo extra

O Tesouro Nacional emprestará recursos às instituições financeiras vencedoras a juros de 1% ao ano. Em contrapartida, essas instituições deverão captar um volume de capital privado quatro vezes maior que o valor recebido, sendo pelo menos 60% de origem estrangeira.

Os recursos poderão ser repassados aos projetos por meio de crédito direto ou via fundos, sempre combinados a instrumentos destinados a reduzir o risco para os financiadores.

Esta edição tem uma inovação: um incentivo adicional do Tesouro equivalente a 20% do valor levantado. O dinheiro deverá ser aplicado em finalidades específicas, como assistência técnica e capacitação em projetos mais complexos e arriscados, com foco em pequenos produtores.

O programa também contará com um instrumento de hedge (proteção) cambial. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do Banco Central, oferecerá US$ 3,4 bilhões em derivativos (instrumentos no mercado futuro) para reduzir riscos de variação cambial, como alta excessiva do dólar, com operação prevista para começar no primeiro semestre de 2026.

Metas, cronograma e critérios

A expectativa do governo é mobilizar até US$ 1 bilhão em recursos públicos, incluindo o Fundo Clima e o BID, e até US$ 3 bilhões em capital privado. A documentação do leilão será publicada nos próximos dias. As propostas deverão ser apresentadas no início de 2026, quando também está previsto o anúncio dos vencedores.

Em caso de empate, serão considerados critérios como capacidade de alavancagem (capacidade de levantar valores além do montante recebido), potencial de bioindustrialização (indústria que converte matéria prima renovável em outros produtos) e volume de capital estrangeiro.

Histórico e resultados anteriores

Criado na COP28, em 2023, o Eco Invest Brasil integra o Plano de Transformação Ecológica.

O programa realizou três leilões, o primeiro em 2024. Juntos, mobilizaram mais de R$ 75 bilhões (cerca de US$ 13,16 bilhões), dos quais R$ 46 bilhões (US$ 8 bilhões) vieram de investidores estrangeiros. Segundo o Tesouro Nacional, o programa já gerou US$ 14 bilhões em compromissos de captação internacional.

Repercussão

Representantes do governo e de organismos internacionais destacaram o papel estratégico da nova rodada. Por meio de participação em vídeo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o leilão mostra que “a floresta em pé gera mais valor e mais oportunidades do que a devastação”.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que a iniciativa fortalece cadeias da sociobiodiversidade e do turismo sustentável, “criando oportunidades que gerem renda, inclusão e conservação da floresta”.

Para o presidente do BID, Ilan Goldfajn, o novo leilão completa a “arquitetura” pensada para o programa, ao reunir financiamento misto, liquidez, preparação de projetos e hedge cambial.

A enviada especial para o clima do Reino Unido, Rachel Kyte, afirmou que o Brasil demonstra liderança global ao “converter patrimônio natural em prosperidade sustentável”.

O governo prevê que, em 2026, o ritmo do programa seja menor, com um ou dois leilões. A prioridade, informou o Ministério da Fazenda, será o aprimoramento da governança dos projetos beneficiados, com um portal público de transparência dos resultados.

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